sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Branca de Neve e o Caçador, Vários Autores

Existem vários contos de fadas recontados, dando a história uma visão diferente, e é isso ocorre nesse livro. É uma tentativa de dar uma nova visão ao conto, com uma Branca de Neve heroica, uma vilã com suas motivações e até um caçador charmoso e com sua própria triste história.
 
Ao menos é isso que promete o livro, e desde já garanto: é uma decepção. Não vale o tempo! O livro é uma adaptação do filme (não é comum, mas ocorre), e nesse caso faltou emoção na história, qualquer tipo de emoção: amor, ódio, tristeza, alegria, enfim, qualquer simpatia ou antipatia que você poderia ter com os personagens não existe. No fim eu achei os personagens fracos e falhos, uma decepção mesmo.
 
Ravenna veio ao reino com o propósito de se vingar, e ao conquistar o rei com sua beleza, eles se casam e ela logo o mata. Assim toma o poder e traz o caos para aquele povo. Mata muitos, mas poupa a vida da filha do rei, a bela garotinha Branca de Neve, mantendo-a prisioneira. Após 10 anos ela permanece presa, mas a rainha descobre que ela se tornou mais bela que ela mesma, e então decidi matá-la... e então Branca foge. Consegue entrar na floresta sombria, e depois de ser perseguida pelo caçador e pelo irmão da rainha, o caçador muda de ideia e começa a ajudá-la.
 
Muita coisa na história ficou mal feita. A história da rainha não é explicada o bastante. Branca de neve tinha que ter pelo menos enlouquecido um pouquinho em 10 anos presa em péssimas condições. O caçador tem a história explicada, mas ainda assim, falta uma emoção na história. Além disso, a história insiste que Branca é forte e aprende a lutar e... onde? O caçador só a ensina a manusear uma faquinha, coisa rápida, e sério, isso de “profecia” não ajuda, a pessoa não fica corajosa e ótima guerreira de repente só porque descobriu que ela é a única a poder salvar o reino. Não é o bastante!

Minha esperança para a história se salvar é que será uma triologia. Acho que o fim foi meio triste (mas só acho, como disse, não consegui sentir nada), e imagino que deve acontecer algo para mudar um pouco isso. De todo modo, não vou continuar lendo, só cheguei ao fim porque a leitura correu rápido e terminei em uma tarde.
Achei a história tão ruim, tão chata, que dei uma estrela no skoob só porque se eu não desse nenhuma não contaria como avaliação. Mas aqui, dou meia!
Autores: Lily Blake, Evan Daugherty, John Lee Hancock, Hossein Amini.

Sobre o filme: É melhor que o livro, e tem um ótimo trabalho nos efeitos visuais. Mas ainda assim não consegui gostar muito, apenas gostei mais que o livro. E achei bem sugestivo que para uma história tão sem emoção tenha sido escolhida a Kristen Stewart para o papel de Branca de Neve...

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

O orfanato da Srta. Peregrine, Ranson Riggs

Não tem coisa melhor do que achar um presente que é parece ter sido feito especialmente para a pessoa que vai receber. Foi assim que eu descobri o Orfanato da Srta. Peregrine para crianças peculiares. Achei a cara de uma amiga que gosta muito de vários assuntos que estão presentes no livro: orfanatos, crianças, segunda guerra mundial, fantasia, e um pouco do que me pareceu ser terror (nessa parte eu me enganei um pouco). Seis meses depois de ter descoberto o livro eu finalmente o comprei pra dar de aniversário pra essa amiga. E, óbvio, peguei emprestado pra ler também depois que ela acabou.

Fiquei um pouco entediada no começo, onde a história fala sobre um garoto que desde criança ouve muitas histórias fantásticas do avô mas muitas vezes duvida da veracidade dessas. Mas as coisas começam a pegar um ritmo bom assim que o avô morre (acho que isso não é spoiler, é? Ok, se for, me desculpem) e o deixa com mais dúvidas sobre seu passado do que nunca. Pra tentar matar a curiosidade ele resolve embarcar numa viagem até o orfanato em que seu avô passou vários anos da vida, em uma ilha distante. Aí que começa a entrar os elementos fantásticos da história. As crianças, como o próprio título diz, não são normais e escondem vários segredos. A diretora me lembrou Minerva McGonagall de Harry Potter mas eu nem sei o porquê. Em vários momentos eu senti raiva dela e muita pena das crianças. Os habitantes da ilha também possuem segredos, especialmente um especialista em pássaros misterioso que aparece por lá. 

Sobre o protagonista eu acabei de perceber que não tenho muita coisa pra falar. Acho que ele não tem uma personalidade muito marcante, nem nada de especial, mas pra falar a verdade isso não prejudicou muito o livro porque a história em si já é muito interessante. O que também contribui para isso são as várias fotos espalhadas pelas paginas, mostrando as crianças e seus dons, documentos, cartas...


O final me deixou muito frustrada. É como se ele nao tivesse acabado e na verdade deixasse uma brecha pra um volume dois (o que não tem indícios de ser verdade). Tem gente que gosta desse tipo de final, mas eu não sou muito fã.
3.5 de 5 estrelinhas (sim, eu dou estrelas pela metade).

Ele não foi exatamente o que eu esperava, o que de certa forma foi bom. :)



[Antes de publicar Lais me disse que viu noticias de que sim, iria ter um segundo livro. E além disso também terá um filme! Bem mais feliz agora :D]

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

A Guerra dos Tronos, George R.R. Martin

A Guerra dos Tronos, o primeiro livro da saga As Crônicas de Gelo e Fogo do autor George R.R. Martin, conta a história do continente Westeros, o qual é dividido em sete reinos que possuem senhores para governar em cada lugar, mas há apenas um rei para todos, Robert Baratheon. Ele convida seu amigo Ned Stark, de Winterfel, para lhe servir como a nova mão. Ned aceita o cargo meio relutante, a fim de tentar descobrir quem foi o responsável pela morte recente da ex mão do rei (Jon Arryn), tendo a suspeita de ter sido a rainha, por envenenamento. Então a partir da chegada da família Stark em Porto Real muitas coisas irão acontecer e só lendo para descobrir. 

É uma história de ficção complexa, inteligente, com fantasia na medida certa e cheia de personagens incríveis e com personalidades variadas! Alguns te fazem torcer para que morram logo, outros você se apega e quando menos espera,*puf*, já era. Além disso, não espere dessa saga uma divisão de bons e maus, pois com o desenrolar da leitura começamos a perceber que ninguém é completamente um herói ou um vilão, cada um age de acordo com seus interesses próprios, todos possuem suas fraquezas humanas, isso torna, em minha opinião, tudo mais emocionante, pois não é nada previsível o que estará para acontecer.
O livro é rico em detalhes, cheio de acontecimentos inesperados, muitas traições, guerras, mortes, de forma que prende a atenção do leitor e dá vontade de saber logo o que vai acontecer. Outra coisa legal é o modo da narrativa, cada capítulo tem o nome de um personagem, assim possibilita saber o que se passa na mente deles e ver por vários ângulos os acontecimentos. Por ser extenso algumas partes se tornaram cansativas, apesar de necessárias para entender a história, sendo assim dou 4 de 5 estrelinhas.

Recomendo tanto o livro quanto o seriado da HBO, muito bom! ^^

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Cadê Você, Bernadette? Maria Semple


Cadê você, Bernadette? É um livro que não parece ser grande coisa, mas é. Abri o livro só pra dar uma olhada, ver como era, mas fui conquistada rápido pelo formato meio “dinâmico” da história e, quando vi, não conseguia mais parar: a história foi feita para ser devorada até o fim.

O livro é uma compilação de e-mails, cartas, bilhetes e outras coisas, tudo organizado pela Bee (na verdade Balakrishna, mas ela prefere Bee, por favor) numa tentativa de encontra a mãe, Bernadette Fox. Antissocial e excêntrica, Bernadette é uma personagem que engana, parecendo ser comum mas até o fim se mostrando excepcional. A história tem um humor divertido, que se mantém principalmente por causa da vizinha maluca, uma “mosca” como descreve a própria Bernadette: alguém que incomoda, mas não o bastante para se dar ao trabalho de fazer algo sobre isso. Quanto mais a história se desenrola, vemos que os personagens são mais do que parecem, e então há toda uma confusão entre seu marido Elgin Branch, o FBI, uma internação em clínica psiquiátrica e maus entendidos entre os problemas com a vizinha, e que no meio de tudo Bernadette desaparece. Confuso? Bom, para esse livro não há nada que não possa ser explicado, e até o fim sabemos exatamente o que e como tudo ocorreu, com uma boa dose de humor e surpresa. 

É um livro que surpreende pelo formato e pela direção da trama, e justamente por isso, conquista. A Bernadette e a Bee são personagens incríveis e é impossível não gostar delas. Além do que, ver como os personagens eram para se tornarem o que são é um processo incrível, e faz pensar se conhecemos realmente os motivos dos outros serem como são. É uma história muito envolvente e que te faz ler até o fim para saber como tudo se resolve e onde, afinal de contas, a Bernadette se meteu.

Um livro fácil de recomendar para todo mundo, e que dou fácil 5 de 5 estrelinhas!

Corram para ler, e até o próximo post!

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

O Chamado do Cuco, Roberth Galbraith

Se eu precisasse (por favor que esse dia nunca chegue) escolher um só gênero de livro pra ler pelo resto da minha vida eu escolheria romance policial. Definitivamente detetives, assassinos, mistérios e pistas são as coisas que mais me excitam em uma leitura.
Mas eu gosto também de fantasia, mistérios, amorzinho adolescente. Sou apaixonada pelas minhas estantes cheias de livros e leio bastante rápido. 

Mas deixando de lado as generalidades, vou falar sobre um dos ultimos livros que li e gostei bastante, O Chamado do Cuco.

Acho que todo mundo sabe que é o mais novo trabalho de JK Rowling (com um pseudônimo). Mas não foi esse o motivo que me fez morrer de vontade de lê-lo e sim o assunto que ele traz: um suposto suicídio que deixa dúvidas no irmão da vítima e o faz procurar ajuda pra solucionar o caso. O protagonista é Cormoran Strike, um detetive que, devido aos poucos trabalhos, está cheio de dívidas e de problemas. Strike não é especialmente engraçado, nem totalmente profissional, nem um pouco atraente, mas é esforçado. Por algum motivo eu gostei muito do personagem, acho que mais pela sua relação com a assistente temporária Robin, totalmente eficiente. Os dois formam uma boa dupla. 
O livro nao traz muita coisa surpreeendente até mais da metade. Muitos diálogos com os possíveis suspeitos, descobertas sobre o passado de todos os envolvidos. Nas últimas 100 páginas começa a prender um pouco mais a atenção até chegar o final, que não sei dizer se me surpreendeu mesmo porque eu já sou muito acostumada com romance policial e depois de ler 70 livros de Agatha Christie (pretendo fazer um post especial sobre meu amor por ela) eu já meio que espero o pior de todos os personagens. 
Eu recomendaria esse livros pra os meus amigos porque foi muito divertido de ler, porém não é o melhooooor do gênero.
Se eu fosse dar estrelinhas eu daria 4 de 5 (vou fazer esse julgamento com todos os livros).

Bom, é isso aí. Até o próximo post :D

Bem Vindos ao Blog Foca na Leitura!



Numa noite (muito calorenta, diga-se de passagem) nós três resolvemos que precisávamos colocar em prática nossa ideia de criar um blog: nosso espaço para falar daquilo que lemos, e até, quem sabe, algumas postagens mais loucas. Aqui estamos nós! Temos esperança de descobrir qual meta que nós temos. Pois é, não sabemos. Mas vamos ver no que isso vai dar! Bom, em todo caso, sejam bem vindos ao blog foca na leitura, um espaço para compartilhar experiências de leitura e alimentar nosso vício literário!

Bem vindos, foquinhas!